Todo
mundo diz que o futuro de uma nação depende da educação que é dada ao povo e é
um direito de toda a criança ter acesso à educação. Para que isso aconteça, é
preciso trabalho das autoridades e cobrança por parte da população.
É por
isso que pelo menos 25% de toda a arrecadação com impostos deve ser
obrigatoriamente investida na atividade escolar. “As prefeituras devem investir
em capacitação de professores, na melhora da gestão das unidades escolares, na
infraestrutura, nos materiais didáticos, na melhoria do transporte, na
alimentação. Há uma possibilidade muito grande dos recursos a serem
aproveitados na melhoria à educação”, explica o cientista político Adalberto
Miranda.
Esta
verba é distribuída de acordo com as prioridades das escolas. Cada setor da
administração pública tem uma função para determinar onde e como o dinheiro vai
ser gasto. “O município, pela Secretaria de Planejamento, vai definir o
montante de orçamento destinado à educação. Dentro deste montante a secretaria
vai levantar as demandas, isso vai ser aprovado pelo prefeito, ser transformado
em lei orçamentária e vai para o legislativo, que aprova e fiscaliza”, afirma
Emília de Toledo Leme, economista.
O Governo
Federal também é um importante aliado, e complementa o investimento com verbas
do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Criado em
2007, o Fundo ampliou o número de impostos destinados a investimentos na
educação e criou uma distribuição de recursos mais equilibrada, que leva em
consideração o número de alunos de cada cidade.
Apesar de
terem crescido nos últimos 10 anos, os investimentos públicos na educação ainda
estão longe de alcançar os padrões de países desenvolvidos. A verba representa
apenas 5% do PIB, Produto Interno Bruto, enquanto que em países onde a educação
é considerada prioridade este percentual chega ao dobro.
Na área
da educação, quem concorre ao cargo de prefeito deve explicar como pretende
usar o recurso previsto na constituição. Já os candidatos a vereador têm a
função de fiscalizar a utilização do dinheiro. Eles não podem propor projetos
que aumentem o orçamento, como a construção de uma escola, por exemplo. “Não
podem prometer nada além de fiscalizar os recursos do executivo. Já o executivo
pode prometer o aumento da porcentagem destinada para a educação”, afirma o
cientista político.
Como os
impostos são pagos por todos nós, a população tem direito de reclamar quando o
ensino não vai bem e também pode dar palpite sobre onde o dinheiro deve ser
investido. Para isso, existem os conselhos municipais de educação. “Essa
participação da sociedade tem ajudado muito porque trazem os anseios da sociedade
e com isso é possível se discutir e fazer da melhor forma para que melhore a
qualidade da educação”, diz Ariane Barroso, representante do conselho municipal
de Educação.
Mas só
aumentar os recursos não adianta. A família é o melhor termômetro para medir a
qualidade do ensino. Por isso, é sempre importante estar presente na educação
do filho, não faltar a uma reunião da escola e ficar de olho para saber o que
os candidatos pretendem fazer para melhorar a educação da cidade onde mora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário