A
educação no Brasil melhora mais rápido na base do que na ponta. É o que mostra
o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011,
indicador bienal divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Educação (MEC).
Nos anos iniciais do ensino fundamental, o país atingiu a nota 5, um
crescimento de 0,4 em relação a 2009, e já superou a meta prevista para 2013,
de 4,9. O avanço nos anos finais do fundamental foi mais lento: subiu de 4 para
4,1, mas bateu a meta estabelecida, de 3,9. Já o Ensino Médio continua sendo o
calcanhar de aquiles do sistema educacional. Com uma melhora de 0,1, atingiu o
objetivo, de 3,7, mas continua com resultados piores do que os outros
segmentos.
Se forem
analisados os avanços obtidos desde 2005, quando o índice foi calculado pela
primeira vez, a nota dos anos iniciais evoluiu três vezes mais rápido do que a
do ensino médio: de 3,8 para 5, enquanto o último segmento saiu de 3,4 para
3,7. Assim, os dados mostram que, na medida em que o aluno avança na sua vida
escolar, seu rendimento piora. A lentidão na melhora também é observada nos
anos finais do ensino
No caso
do ensino médio, nada mudou em dois anos. A taxa que mede a eficiência do fluxo
escolar permaneceu em 0,8, assim como o desempenho dos alunos, que ficou em
4,57.
Entenda o
Ideb
O Ideb é
um índice desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) que tem como objetivo mensurar a qualidade
da educação brasileira. No seu cálculo são combinados dois fatores: o
desempenho dos estudantes na Prova Brasil, aplicada a cada dois anos, e a taxa
de aprovação das redes, usada para medir a eficiência do fluxo escolar. Por
isso, uma rede pode ter um desempenho acadêmico melhor do que outra, mas um
Ideb pior, devido a taxas de aprovação menores.
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